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domingo, 15 de janeiro de 2017

Polônia: Gdansk, símbolo da luta dos trabalhadores

(Viagem em 09/2016, Publicado em 01/2017; Texto: Gilda M.Lavecchia; Fotos: Daniel R.Carneiro)

Gdansk é uma cidade da província da Pomerânia que se tornou mundialmente conhecida por estar diretamente ligada à derrocada do comunismo no leste e centro europeu.


Gdansk está inserida no núcleo de Trójimiasto (Três cidades), área urbana populosa que abrange também as cidades de Gdynia e Sopot.


Chegamos a Gdynia (cidade portuária da Polônia) através de um cruzeiro pelo Báltico. Optamos por conhecer Gdansk que fica distante 26 km. Existe uma estação de trem (não muito próxima) mas preferimos contratar um taxi que nos cobrou 70 euros para fazer o percurso de ida e volta nos aguardando por 3 horas na cidade.


A estação central de Gdansk é uma estação construída em tijolos vermelhos em um estilo que combina o renascimento, o barroco e Art Nouveau. Foi inaugurada em 1900.


A história de Gdansk é ligada a criação do SOLIDARIEDADE, sindicato criado por Lech Walesa que era ativista dos direitos dos trabalhadores e era operário do estaleiro naval de Gdansk.


Na década de 1970 o governo da Polônia aumentou o preço dos alimentos e os salários estagnaram gerando muitos protestos. Muitos poloneses consideram o marco inicial da derrocada comunista o discurso de João Paulo II em 1979 que falou em Varsóvia “Não tenham medo, mudem a imagem desta terra”. Em 1980 o Solidariedade foi oficialmente registrado com a permissão do governo comunista da Polônia.


O povo se sentiu forte e dez anos depois de uma revolução pacífica, em 1989, se libertaram e encorajaram outros países do bloco comunista. Com a liberalização democrática do regime, ficou consagrada a realização de eleições livres. Em 1990 Lech Walesa foi eleito presidente.


Fundada no século X Gdansk era uma importante fortificação, porto de pesca e centro do comércio de âmbar. Podemos ver muitas lojas comercializando jóias feitas de âmbar.


Um dos pontos turísticos mais famosos é um guindaste que era utilizado para retirar os produtos dos navios conhecido como Crane (Zuraw). A cidade localiza-se na foz do rio Vístula, onde encontramos este guindaste medieval do século XIV que também funcionava como um portal.


Beirando o rio, há o Museu Marítimo Nacional que conta toda a história da fundação do movimento Solidariedade, a participação da igreja católica e o cenário político e social da Polônia no contexto da época.


O Museu Central Morskie mostra os barcos contendo exposições, modelos e reconstruções que traçam a história marítima da cidade desde os primeiros navegadores até os dias atuais.


Foi a ocupação de Gdansk pelos nazistas que originou a Segunda Guerra Mundial em 1939. A cidade já foi controlada pelos polacos, pelos Cavaleiros Teutônicos e pelos alemães.


 Também podemos observar suas referências históricas através da parte antiga da cidade:

A Praça Dlugi Targ (praça do mercado) com sua fonte de Netuno. Vemos ao fundo da fonte o Tribunal de Arthur, dedicado às lendas da corte do Rei Arthur, sua fachada em estilo flamengo foi decorada com estátuas de Judas Macabeu, Temístocles, Scipio l’africana e Mario Camillo.


A rua Dluga, vai da Golden Gate até a Green Gate, onde existem cafés, bares, restaurantes e lojas de souvenirs (geralmente contendo âmbar).


Em Gdansk existem numerosas portas da cidade antiga, que ainda conservam o charme do passado. O portal gótico de Santa Maria (“Brama Mariacka”) dá acesso à via Mariacka que conduz a Igreja de Santa Maria.


 Mariacka Street, rua movimentada e muito apreciada pelos turistas.


A Igreja de Santa Maria (Bazylika Mariacka) é uma igreja gótica em tijolo vermelho, um dos maiores prédios de tijolos na Europa, foi construída em 1343 e sua construção durou 160 anos.


O grande arsenal (Wielka Zbrojownia) é um impressionante edifício secular. Construído em 1602-1605 é o trabalho de um dos maiores arquitetos da época, Antonivan Obbergen, cujo projeto dá a impressão de que o edifício era composto por 4 casas, aparentemente separadas.


Gdansk tem cerca de 460 mil habitantes. Foi dominada pelos Alemães entre 1793 e 1945. Em 1920, por conta do Tratado de Versalhes, ganhou o status de “cidade livre” e a Polônia passou a ter livre acesso ao mar Báltico.




Se eu puder ajudá-los em algo, não exitem em clicar na palavra abaixo, "comentário", terei prazer em responder.

Um comentário:

  1. Conhecemos essa maravilha de cidade mês passado (07/2018) e confesso que adoramos!!

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